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As eleições e o meio ambiente
No dia 02 de Outubro de 2016 ocorrerá o primeiro turno das eleições municipais. Em Curitiba por exemplo, são 9 candidatos a prefeito e 1.071 candidatos a vereador concorrendo a 1 e 38 vagas, respectivamente.
E então, como selecionar um entre tantos candidatos? A questão do voto consciente vem sendo muito discutida pela mídia e além de todas aquelas recomendações que temos vivenciado no dia dia, deixamos aqui a nossa visão no que se refere a este tema.
Como já foi comentado neste blog no passado, entendemos que entre tantas necessidades e carências das nossas cidades, deve-se priorizar também ações relacionadas ao saneamento básico, ambiental e a mobilidade urbana.
Saneamento, como o próprio termo diz, é básico. Quando há falha neste sistema, as consequências tem efeito dominó: mais pessoas necessitam de atendimentos nos postos de saúde, maior demanda por saúde, postos lotados, falta de remédios, há baixa produtividade dos trabalhadores, etc.
Saneamento ambiental é mais amplo, inclui-se aqui qualidade do ar, do solo, destinação dos resíduos sólidos, impactos ambientais e educação ambiental que quando mal gerenciados trazem as mesmas consequências citadas anteriormente (para ver mais, clique aqui).
Ressaltamos ainda que: “dados divulgados pelo Ministério da Saúde, afirma que para cada R$1,00 investido no setor de saneamento, economiza-se R$4,00 com hospitais e doença”.
Já estamos vivenciando as consequências na má gestão de saneamento (lembra da dengue, da Chikungunya e o vírus da Zika?) e sim, precisamos de qualidade no atendimento mas além disso, precisamos de investimento na prevenção .
No que se refere a mobilidade urbana, entendemos que é urgente a elaboração e implantação de medidas que beneficiem os transportes alternativos. A priorização do transporte individual traz impactos negativos para a cidade como o aumento de congestionamentos, desperdício de tempo e combustível, aumento da poluição atmosférica e de ocupação de espaço público. Cabe aos administradores tomarem medidas para fornecer transporte de qualidade à população de forma que o cidadão possa escolher a opção do transporte público não simplesmente por não ter outra opção.
Por isso, deixamos uma pergunta a você, eleitor: é melhor prevenir ou remediar?
(30/09/2016)
Jéssica de Miranda Paulo é Engenheira Ambiental, especialista em Planejamento e Gestão de Negócios e mestranda do Programa Internacional de Mestrado Profissional em Meio Ambiente Urbano e Industrial