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Consumir água de poços pode trazer consequências?
Não é em todos os lugares que as companhias responsáveis pelo abastecimento de água conseguem atender, então é necessário recorrer a outros meios de acesso a água, como por exemplo, a extração da água de poço.
A captação da água de poços apresenta-se geralmente como uma solução simples e econômica. Porém, são necessários alguns cuidados para o uso desta água, pois se não for tratada adequadamente poderá transmitir doenças tais como: Hepatite, cólera, esquistossomose, leptospirose, entre outras.
A Portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde dispõe sobre o consumo humano e para que a água seja potável determina que a adição de cloro é obrigatória, uma vez que o cloro é responsável pela eliminação de patógenos. Há outros métodos que também realizam a eliminação de patógenos da água tais como: ozonização, radiação ultravioleta, entre outros, porém a Portaria sugere a adição de cloro combinado com esses tratamentos de forma a manter o residual mínimo no sistema de distribuição (reservatório e rede).
Além da adição de cloro, faz-se necessária a análise química da água dos poços. Este controle é importante, pois a presença de alguns elementos químicos poderá resultar em doenças que não aparecem de prontidão, mas sim em longo prazo.
Em águas de poço é comum encontrar metais como o ferro e o manganês, solúveis na água por causa do ambiente redutor do subsolo. O ferro não apresenta caráter tóxico, mas seu sabor é desagradável, também é responsável pela mancha de roupas, louças sanitárias e incrustações na tubulação. Já o consumo em excesso do manganês pode afetar o diretamente o sistema nervoso causando problemas na fala, no comportamento, alucinações e o manganismo (doença semelhante à doença de Parkinson).
A distribuição da água de poço não tratada ou tratada inadequadamente pode apresentar riscos à saúde e trazer consequências legais aos responsáveis.
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(08/06/2018)
Agatha Julie Seretni Uchi é graduanda de Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.