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Fluidos de Corte: o que fazer?

Fluidos de Corte

O início das atividades de usinagem iniciaram a cerca de 4.000 anos a.C. quando o homem começou a sentir necessidade de utilizar ferramentas para otimizar suas atividades diárias para se defender, caçar e se alimentar. Hoje nossa vida é muito dependente de diversos tipos de ferramentas: desde um grampo de papel até um equipamento ou veículo automotor. Por este motivo, a usinagem é o processo mais popular no mundo.

Para que estes objetos existam, antes de iniciar a fabricação, é imprescindível que seja realizado um projeto prévio com definição de material e método de fabricação a fim de atender requisitos técnicos e econômicos (COSTA, E.S e SANTOS, D.J., 2006).

Depois, durante a fabricação, os resíduos gerados mais significativos são o cavaco metálico e o fluido de corte.

O maior risco de impacto ambiental das usinagens provém da utilização dos fluidos de corte, visto que o mesmo, se gerenciado de forma inadequada, acarreta em danos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores.

Na questão ambiental, os maiores danos podem ser causados ao solo, aos recursos hídricos e à atmosfera (OLIVEIRA e ALVES, 2007). Além disso, há o dano econômico, visto que o fluido pode ser vaporizado ou ainda, perdido junto aos cavacos e peças da máquina (OLIVEIRA e ALVES, 2007).

Algumas soluções já existem a fim minimizar a geração deste fluido e assim evitar desperdícios e impactos ambientais e à saúde do trabalhador. A primeira etapa da Metodologia de Produção Mais Limpa a ser verificada refere-se à busca de alternativas de modificação no processo e no produto (OLIVEIRA e ALVES, 2007).

Conforme comentado no início, antes de começar o processo de usinagem é elaborado o projeto da peça, portanto o mesmo pode ser otimizado. Afinal, peças com dimensões mais próximas com o produto final reduzem a geração de cavaco (OLIVEIRA e ALVES, 2007). Outras possibilidades são: aplicação do housekeeping, substituição de matérias-primas e modificação da tecnologia.

No que se refere ao housekeeping, pode-se citar:

  • Optar por fornecedores que ofereçam garantias de procedência, assistência e composição dos fluidos, além do suporte de manejo ambiental (OLIVEIRA e ALVES, 2007);
  • Treinar operadores e desenvolver procedimentos para manuseio otimizado do mesmo (OLIVEIRA e ALVES, 2007);
  • Desenvolver procedimentos de forma a aumentar a eficiência na recuperação interna dos fluidos (OLIVEIRA e ALVES, 2007);
  • Controlar a quantidade perdida de fluido ao registrar a diferença do volume de entrada e saída (OLIVEIRA e ALVES, 2007).

Já no que diz respeito à substituição de matérias-primas, pode-se optar por fluidos com base em óleo vegetal a fim de aumentar a biodegradabilidade, minimizar o risco à saúde do operador e melhorar a qualidade do processo.

Outra tecnologia possível de ser implantada, por fim, refere-se à usinagem à seco, processo em que não há necessidade de utilização de fluidos de corte.

Além disso, merece destaque também as tecnologias existentes para separação do fluido do corte dos cavacos. Desta forma, é possível obter lucros com a recuperação de um maior volume de fluido e com a revenda de maior quantidade de cavaco. Caso isso não ocorresse, estes dois materiais não teriam valor agregado e deveriam ser destinados à locais próprios e com custo.

Já é possível também fazer recuperação do óleo no próprio empreendimento de forma à retorná-lo ao processo produtivo.

Qual a solução mais viável? Neste caso, vale a pena realizar um estudo a fim de identificar qual a melhor solução para a sua indústria de usinagem.

A Sinergia Engenharia pode ajudá-lo a descobrir a melhor solução, entre em contato conosco!

(29-07-2016)

Jéssica de Miranda Paulo é Engenheira Ambiental, especialista em Planejamento e Gestão de Negócios e mestranda do Programa Internacional de Mestrado Profissional em Meio Ambiente Urbano e Industrial

Jéssica de Miranda Paulo
Jéssica é Engenheira Ambiental e Diretora Comercial da Sinergia Engenharia. Ela possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2010, pós-graduação em Planejamento e Gestão de Negócios pela FAE Centro Universitário em 2013 e mestrado em Meio Ambiente Urbano e Industrial da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com o Senai e a Universidade de Stuttgart (2017). Em 2016, participou como bolsista DAAD - Deutscher Akademischer Austauschdienst do Curso de Extensão Internacional de Meio Ambiente na Universidade de Stuttgart (Alemanha). Autora do livro “Termo de Referência para Estudos de Impacto de Vizinhança em Municípios Paranaenses”, publicado em 2018.
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