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O Horário de Verão

A duração do período de luminosidade natural do dia varia segundo a latitude e a época do ano, uma vez que há mudança constante na posição da Terra em relação ao Sol. No verão, por exemplo, os dias são mais longos e as noites são mais curtas.

Visando um melhor aproveitamento da luz do sol neste período, o Horário de Verão foi instituído. A consequente redução no consumo é provocada pelo adiantamento em uma hora dos relógios em alguns estados brasileiros, são eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal.

Essa redução no consumo é possível pelo fato que, a parcela de carga referente à iluminação pública e residencial é acionada uma hora mais tarde não coincidindo com o consumo existente ao longo do dia proveniente da demanda pelo comércio e pela indústria, cujo montante se reduz após as 18 horas. A sobreposição destes consumos causam um aumento nos horários de pico, fato inevitável no inverno, devido a posição da terra em relação ao sol neste período, mas que pode ser aproveitado pelo setor elétrico durante o verão.

Logo, o objetivo principal do horário de verão é reduzir a demanda máxima do Sistema Interligado Nacional por energia nos horários de pico (período do dia composto por três horas consecutivas, na qual o consumo por energia elétrica tende a ser maior, das 19h às 22h no horário de verão).

O Horário de Verão já está na sua 39º  edição e segundo o Relatório do Término do Horário de Verão 2012/2013 emitido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS a adoção do horário de verão traz alguns benefícios, são eles:

1.Reduz a demanda no horário de ponta;

2. Aumenta a segurança operacional do sistema;

3. Minimiza, ou mesmo evita, a necessidade de corte de carga em algumas situações;

4. Promove a economia, relacionada à redução de geração térmica, evitada para o atendimento a essas contingencias;

5. Posterga investimentos para atender ao acréscimo na demanda nos horários de pico;

6. Promove a recuperação dos reservatórios do sistema.

O horário de verão traz também benefícios aos usuários do sistema. Podem ser considerados critérios mais subjetivos como a possibilidade de horários de lazer após o trabalho com mais segurança, mas, sobretudo pode ser traduzido como o aumento evitado na tarifa.

Para 2014/2015 as economias advindas do Horário de Verão estão comprometidas por conta da estiagem que atingiu boa parte do Brasil e consequentemente os reservatórios das hidrelétricas. Este ano mais térmicas tiveram de ser acionadas, fonte mais cara e poluente de energia.

Segundo o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia Ilgo Grundter a economia prevista será 31,35 % menor este ano, se comparado à economia do horário de verão passado. Traduzindo em reais, a economia deste ano será na ordem de R$ 278 milhões, enquanto que ano passado a economia foi de R$ 405 milhões.  Estima-se que, a redução no consumo de energia no horário de pico vai poupar 0,4% do armazenamento das hidrelétricas no Sudeste, que passam por uma forte crise de abastecimento, e 1,1 % dos reservatórios no Sul. No Brasil, o governo estima uma redução de 4,5% na demanda de energia no horário de pico, ou seja, 2.596 MW. O governo também estima uma economia de R$ 4,5 bilhões, referentes aos investimentos que deixarão de ser necessários para a construção de usinas térmicas para atender a demanda do horário de pico.

Este ano o Horário de Verão começa dia 19 de Outubro e estende-se até o dia 22 de Fevereiro de 2015, serão 126 dias, quatro dias a mais que o ano passado.

Juliana de Moraes Ferreira é Engenheira Ambiental e Especialista em Gestão de Energia.

Juliana de Moraes Ferreira
Juliana é Engenheira Ambiental e Diretora Financeira na Sinergia Engenharia. Ela possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2010, especialização em Gestão de Energia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2011, e habilitação para atuação como Auditora Interno Integrado ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007.
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galeno
galeno
9 anos atrás

Aprendi muito. Agradeço ao TRIO

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