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Para que serve o Inventário de Gases de Efeito Estufa em empreendimentos industriais?

A fim de buscar um equilíbrio entre a conservação do Meio Ambiente e o crescimento econômico, prevendo que os recursos naturais estejam presentes e nas mesmas quantidades e qualidades para as gerações futuras, os programas de sustentabilidade, que tem como componentes os aspectos de emissões atmosféricas, água, resíduos, efluentes, biodiversidade e questões sociais, devem estar na pauta de empresas e governos.
A elaboração de Inventários de Gases de Efeito Estufa vai de encontro com este preceito atendendo a uma das linhas que podem ser trabalhadas dentro de uma organização a fim de reduzir os impactos antrópicos sob o Meio Ambiente.
Além disso, a realização de Inventários de Gases de Efeito Estufa vai de encontro aos preceitos presentes no Protocolo de Kyoto, que tem por intenção promover a diminuição das emissões desses gases ao redor do mundo. E ainda, permite às organizações identificarem e quantificarem suas emissões para a partir de então visualizar oportunidades de novos negócios no mercado de carbono, atrair novos investimentos, planejar processos que garantam eficiência econômica, energética ou operacional, melhorar a imagem da empresa através do seu compromisso com as Mudanças Climáticas e é um pré-requisito para a elaboração de projetos de compensação, bem como para a solicitação do licenciamento ambiental em alguns estados brasileiros, sendo essa uma tendência para os demais estados.
Esta ferramenta é o primeiro passo para identificar as principais fontes e o nível de emissão atmosférica de uma organização, de forma a avaliar e estabelecer estratégias para a redução e compensação das emissões, assim empresas e órgãos públicos reconhecem suas responsabilidades frente às questões ambientais, mais especificamente no contexto das Mudanças Climáticas.
A prática da elaboração de Inventários de Gases de Efeito Estufa visa, em conjunto com outros aspectos, embasar um novo modelo de gestão organizacional em que ambiente, sociedade e retorno econômico sejam igualmente considerados na tomada de decisão.
(29/05/2015)
Juliana de Moraes Ferreira é Engenheira Ambiental e Especialista em Gestão de Energia.