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Telhados verdes, benefícios econômicos e ambientais
O processo de urbanização desordenada tem acarretado em diminuição das áreas vegetadas, aumento das áreas asfaltadas e concretadas, grande concentração e circulação de veículos, sendo assim as consequências ao meio ambiente são diversas tais como: as ilhas de calor, o efeito estufa e o aquecimento global, enchentes entre outros.
Os telhados verdes mostram-se como aliados aos feitos adversos provenientes do uso e ocupação do solo desordenado. Os mesmos agem como filtros naturais da água e do ar, produzem oxigênio, absorvem CO2, entre várias outras contribuições para o meio ambiente e a saúde humana, além de benefícios arquitetônicos e estéticos.
Um estudo elaborado por Baldessar (2012) aponta que um telhado verde pode reter 79% da água precipitada, onde 70 % será evapotranspirada posteriormente, ou seja, uma redução de 70% do envio da água de chuva para a rede pluvial. A mesma autora ressalta ainda que se as coberturas tradicionais forem substituídas por telhados verdes, onde as legislações têm de exigência de área mínima permeável é de 25% e a taxa de ocupação de 50%, como é o caso de Curitiba, passa-se a ter área permeável efetiva de 75% da área do terreno, ou seja, triplica a área exigida por lei.
Com relação aos benefícios econômicos, os telhados verdes reduzem a variação térmica da estrutura, e da edificação como um todo, reduzindo expressivamente os custos com aquecimento e resfriamento da edificação, contribuindo assim para a eficiência energética da edificação.
Segundo a Lei 14.771 que dispõe sobre a revisão do Plano Diretor de Curitiba, em seu artigo 65 consta: “O Município estabelecerá incentivos referente ao IPTU cujos proprietários de imóveis adotem ações e práticas de conservação e preservação do meio ambiente”. Dentre essas ações e práticas de conservação está adoção de telhados/ paredes verdes.
(24/06/2016)
Maíra Caires Aquino é Engenheira Ambiental e Especialista em Construções Sustentáveis