Recicláveis, orgânicos, rejeitos e perigosos são algumas das classificações que podem ser dadas a um resíduo sólido. A importância de classificá-lo corretamente está diretamente relacionado ao seu tratamento e destinação.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305 de 2010, determina que os geradores devem ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos sólidos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.

Alguns resíduos possuem tecnologia para reciclagem, como o caso do isopor, mas dependendo da região de geração e destinação final de tal resíduo, tal tecnologia pode não existir.

Por esses motivos é importante a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos, o qual irá classificar corretamente cada resíduo gerado e irá identificar um transportador e um destino final adequado para tal.

A segregação na fonte as vezes pode ser confusa, por este motivo a seguir pode-se verificar os resíduos sólidos que podem ou não ser recicláveis, lembrando que deve ser verificada na região a existência de tecnologia para tal:

Plásticos

Recicláveis:

• Embalagens de xampus, detergentes, refrigerantes e outros produtos domésticos semelhantes;
• Tampas plásticas de recipientes de outros materiais;
• Embalagens de plástico de ovos, frutas e legumes;
• Utensílios plásticos usados, como canetas esferográficas, escovas de dentes, baldes, artigos de cozinha, etc.

Não-recicláveis:

• Plásticos (tecnicamente conhecidos como termofixos), usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos;
• Plásticos tipo celofane;

Papel

Recicláveis:

• Papéis de escrever – cadernos, papéis de escritório em geral;
• Papéis de impressão – jornais, revistas;
• Papéis de embalagem – papéis de embrulho em geral, papel de seda, etc.;
• Cartões e cartolinas -caixas de papelão e cartolinas em geral;
• Papéis especiais – papel kraft, papel heliográfico, papel filtrante, papel de desenho.
• Embalagens cartonadas de leite e suco;

Não recicláveis:

• Papel vegetal;
• Papel celofane;
• Papéis encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis;
• Papel-carbono;
• Papéis sanitários, guardanapos e papel toalha usados;
• Papéis sujos, engordurados ou contaminados com alguma substância nociva à saúde;
• Papéis revestidos com algum tipo de parafina ou silicone;
• Fotografias;
• Fitas e etiquetas adesivas.

Vidro

Recicláveis:

• Embalagens de conserva;
• Copos e garrafas;
• Frascos em geral;

Não recicláveis:

• Espelhos;
• Vidros de janelas;
• Vidros de automóveis;
• Box de banheiro;
• Tubos de televisão e válvulas;
• Ampolas de medicamentos,
• Cristal;
• Vidros temperados planos ou de utensílios domésticos.

Alguns resíduos são recicláveis, porém por suas características específicas, são considerados de difícil reciclagem ou pouco valor agregado, por exemplo:

• Gesso;
• Isopor;
• Esponja de limpeza de uso doméstico;
• Embalagens de salgadinhos, biscoitos, chocolates;
• Cápsulas de café.

Algumas empresas já realizam a reciclagem desses resíduos considerados de difícil reciclagem. Os produtos estão sendo recolocados para o mercado consumidor em outras utilidades. A seguir são apresentados mais detalhes de como são reciclado esses materiais:

Esponja de limpeza de uso doméstico

A empresa Scotch-Brite, em parceria com a Terra Cycle, criou o Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas de Limpeza, o qual é possível enviar pelos Correios as espojas aos locais de reciclagem. O objetivo do programa é dar um destino ambientalmente correto a esses resíduos e fornecer pontos, os quais são revertidos em doações para uma entidade sem fins lucrativos. O programa possui vários pontos de coleta espalhados pelo Brasil. Para obter mais informações, clique aqui.

 Capsulas de café

Para a reciclagem desse tipo de resíduo, a empresa Jabocbs Douwe Egberts (JDE), em parceria com a Terracycle, criaram o Programa Nacional de Reciclagem de Capsulas de Café, programa semelhante ao Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas de Limpeza. Para mais informações, clique aqui.

O mercado da reciclagem está em plena evolução e novas tecnologias podem tornar aqueles resíduos que eram antes tratados como rejeitos em recicláveis. É importante pesquisar as formas com que as empresas podem receber esses resíduos, pontos de coleta e transporte, para que a reciclagem ocorra da melhor forma.

É essencial buscar empresas próximas à geração que realizam a reciclagem dos produtos dos quais são consumidos, e buscar a utilização de produtos que são realmente reciclados ou então a redução ou até a não geração.

Do outro lado, os fabricantes deveriam ter a consciência de planejar novos produtos pensando em reduzir, reutilizar e reciclar.

Importante salientar que toda empresa de transporte, tratamento, reciclagem e destinação final de resíduos sólidos deve possuir licenciamento ambiental válido para tal. A Sinergia Engenharia pode auxiliar a sua empresa a encontrar a melhor forma de realizar a gestão dos resíduos do seu negócio, contacte-nos!

GUILHERME MACHADO MARANGON

Engenheiro Ambiental e Especialista em Gestão Empresarial.