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Mude o seu mindset: a área verde não é ônus, mas bônus

area verde urbana

Em tempos de maximização de lucro a qualquer preço, nos depararmos com situações em que um córrego, nascente, área de preservação permanente (APP) ou árvores nativas são uma dor de cabeça ao empreendedor que está interessado em explorar ao máximo a área.

Não há problema nenhum em otimizar o espaço, o problema é quando isso ultrapassa os limites legais de proteção ambiental e nos deparamos com situações como: corte de árvores nativas e interferência em APP sem a autorização ambiental do órgão ambiental com a justificativa que esse impasse reduzirá a construção de uma unidade habitacional e com isso inviabilizaria o empreendimento, por isso a autuação compensa.

E se pensarmos de forma macro, visualizando esse lote além dos seus limites, mas sim inserido em uma cidade (que pode ser inclusive a cidade que você habita), em um ecossistema urbano onde há pessoas e outros seres vivos habitando? Sim, o ecossistema não está só na natureza, longe de nós, mas sim aqui na nossa “selva de pedra”.

Pesquisas têm apontado o benefício que as áreas verdes fazem para a nossa saúde:

  • Os adolescentes e idosos que moram em locais arborizados têm um risco 36% menor de desenvolver transtornos mentais, como a depressão (Health & Place, 2019);
  • Pessoas que vivem em bairros verdes e arborizados apresentam menor um risco de desenvolver doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC) devido ao menor nível de poluição (Journal of the American Heart Association, 2018);
  • Há considerável melhoria e estabilidade microclimática devido a diversos aspectos, como a redução do calor e da insolação direta, a diminuição da velocidade dos ventos e a ampliação da umidade do ar (Época, 2015).

As áreas verdes não deveriam ser, portanto, a justificativa para a valorização do lote e do imóvel ao invés de ser um empecilho? Você preferiria morar em que tipo de lote? E o seu cliente?

Jéssica de Miranda Paulo
Jéssica é Engenheira Ambiental e Diretora Comercial da Sinergia Engenharia. Ela possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2010, pós-graduação em Planejamento e Gestão de Negócios pela FAE Centro Universitário em 2013 e mestrado em Meio Ambiente Urbano e Industrial da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com o Senai e a Universidade de Stuttgart (2017). Em 2016, participou como bolsista DAAD - Deutscher Akademischer Austauschdienst do Curso de Extensão Internacional de Meio Ambiente na Universidade de Stuttgart (Alemanha). Autora do livro “Termo de Referência para Estudos de Impacto de Vizinhança em Municípios Paranaenses”, publicado em 2018.
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