Macrodrenagem é o conjunto de ações estruturais e não estruturais destinados à controlar cheias para evitar inundações e suas consequências.

As medidas de controle estruturais são ações que modificam o sistema, buscando reduzir o risco de enchentes, pela implantação de obras para conter, reter ou melhorar a condução dos escoamentos. Estas medidas envolvem construção de barragens, diques, canalizações, reflorestamentos, entre outros. Já as medidas não estruturais são propostas ações de convivência com as enchentes ou são estabelecidas diretrizes para reversão ou minimização do problema. Estas medidas envolvem o zoneamento de áreas de inundações associado ao Plano Diretor Urbano, previsão de cheia, seguro de inundação, legislações diversas, entre outros.

O grande desafio da drenagem urbana é o de não aumentar as cheias naturais e não fazer intervenções no meio ambiente que provoquem aumento ou transferência de enchentes para outros locais, a montante ou a jusante.

Neste sentindo é necessário um  bom planejamento da macrodrenagem compreendendo:

• Plano Diretor de Drenagem com plano de ação a curto, médio e longo prazo;
• Previsão da ocupação do solo;
• Programas de implantação sincronizados com obras de microdrenagem;
• Avaliação de necessidade de desapropriação;
• Medidas de controle nas quais devem ser preferencialmente não estruturais, entre outros.

Em 2002 o Instituto das águas do Paraná elaborou um Manual de Drenagem Urbana com o objetivo de orientar os profissionais que planejam e projetam a drenagem urbana, cabe ressaltar que este manual está integrado com o Plano Diretor de Drenagem para a Bacia do Alto Iguaçu.

(26/08/2016)

Maíra Caires Aquino é Engenheira Ambiental e Especialista em Construções Sustentáveis.