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Novos padrões para o controle da poluição atmosférica

Considerando o aumento da poluição atmosférica e os impactos negativos sobre a saúde, economia e o meio ambiente, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná – SEMA PR e o Instituto Ambiental do Paraná – IAP identificaram a necessidade de estabelecer uma estratégia para controle e preservação da qualidade do ar no Estado do Paraná. Foi então que criaram a primeira Resolução Estadual a qual define critérios para controle da qualidade do ar, a Resolução SEMA 041 de 2002.

Quatro anos mais tarde, em 2006, sentiu-se a necessidade de uma revisão da Resolução, então criaram a Resolução SEMA 054, a qual substituiu a norma antiga e curiosamente já se auto estabelecia um prazo de validade de 5 anos. Até Abril deste ano, mesmo teoricamente vencida, era esta a norma que estava em vigor e que os empreendimentos deveriam atender no que se refere aos padrões de emissões.

No começo deste ano o Instituto Ambiental do Paraná – IAP e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná – SEMA PR divulgaram a nova Resolução SEMA 016/2014, a qual revoga a SEMA 054 de 2006. A nova norma traz novas definições de termos técnicos que geravam muitas dúvidas no passado tais como:  capacidade nominal, fontes novas, fontes existentes, entre outros. Esses conceitos são de extrema importância para que todos entendam a mesma coisa, falem a mesma linguagem sem muita subjetividade.

Fica estabelecido nesta Resolução que todas as atividades industriais, comerciais, ou de serviços e que tenham fontes de emissões, independentemente do tipo de combustível utilizado deverão realizar o monitoramento por meio de amostragens das suas emissões, inclusive atividades que possuem Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) e Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS).

Os padrões das emissões atmosféricas estão fixados por tipologia de combustível utilizado para geração de calor, por tipologia de atividade ou por poluentes específicos. A principal novidade é com relação aos padrões estabelecidos para geração de calor por tipologia de combustível, o qual diferencia alguns limites para fontes novas e fontes existentes. Fontes novas são definidas como fontes estacionárias instaladas depois de 02 de Janeiro de 2007 e fontes existentes, aquelas instaladas antes desta data.

Uma outra novidade é com relação a empreendimentos que estiverem em operação, dentro de áreas saturadas e em vias de saturação, deverão reduzir as emissões do poluente, por meio de um Plano de Redução das Emissões. Fica a critério do Órgão Ambiental identificar as áreas saturadas.

Outra medida utilizada pelo Instituto Ambiental do Paraná para gestão ambiental e monitoramento da qualidade do ar são as 12 estações de monitoramento distribuídas em Curitiba e Região Metropolitana. O Paraná é o segundo Estado depois de São Paulo que possui tecnologia para monitorar a qualidade do ar online em tempo real.

Com tantas medidas e tecnologias existentes para controle e monitoramento da qualidade do ar, por que segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde- OMS aproximadamente 7 milhões de pessoas morreram em 2012 devido à baixa qualidade do ar?

Maíra Caires Aquino é Engenheira Ambiental e Especialista em Construções Sustentáveis.

Maíra Caires Aquino
Maíra é Engenheira Ambiental e Diretora Técnica na Sinergia Engenharia. Ela possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2010, especialização em Construções Sustentáveis pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2012 e cursou Engenharia de Segurança do Trabalho na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2014.
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