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Pinheiro-do-Paraná em áreas urbanas

Os conflitos ambientais das araucárias urbanas e a população

O pinheiro do paraná, Araucária angustifólia, é uma espécie ameaçada de extinção que tem prioridade de preservação no estado do Paraná e por isso não podem ser cortados. Sendo assim, atualmente existem regras rígidas estabelecidas para a análise e autorização de corte de araucárias, em áreas urbanas, que podem oferecer riscos à população.

As árvores urbanas são de extrema importância para a população e meio ambiente, pois oferecem benefícios ecológicos, estéticos e funcionais, como:
· Conforto térmico;
· Bem estar psicológico dos seres humanos; e
· Prestação de serviços ambientais indispensáveis à regulação do ecossistema.

No que diz respeito às araucárias, restam apenas 0,8% da mata nativa no estado paranaense, onde tinham presença expressiva. A árvore tem um desenvolvimento lento, podendo chegar em alguns casos a 500 anos. O sexo é definido pela presença de pinhas nas fêmeas e estróbilos nas árvores machos.

O formato da copa revela sua idade, onde a copa é triangular, fechada e fina são árvores de 5 a 10 anos, triangular, aberta e espaçada são árvores de 20 a 30 anos e por fim, copas com formato de braços abertos são árvores com mais de 60 anos.

O pinhão faz parte da alimentação de muitas aves e mamíferos, como gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) – ave símbolo do Paraná -, a gralha-picaça ou gralha-amarela (Cyanocorax chrysops), os porcos-do-mato (cateto, queixada), o serelepe (Guerlinguetus ingrami), a cutia (Dasyprocta azarae) e o macaco-prego (Sapajus nigritus).

No entanto, a árvore possui grande porte e quando em áreas urbanas é importante avaliá-las em relação ao risco que podem oferecer. Apesar de todas as árvores apresentarem um risco potencial de queda, apenas uma pequena quantidade delas realmente cai.

Em Curitiba, para obter a Autorização de Remoção ou Supressão, é necessário ter o alvará de construção e um projeto comprovando a real inviabilidade de manter as árvores no terreno, segundo a Lei Municipal 9.806/2000.

Em casos que a árvore ofereça algum tipo de risco, a Sinergia Engenharia elabora o Laudo de Análise de Risco de Queda de Árvore para realizar a solicitação. Essa análise lista os diversos fatores durante uma inspeção criteriosa onde são observadas as extensões das necroses no tronco, acometimento por pragas, injúrias mecânicas de raízes, copa, idade, espécie, condições climáticas da região, etc.

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Beatriz Cristina Goes é formada em Engenheira Florestal pela PUC/PR, pós-graduanda em Gestão Sustentável e Meio Ambiente e tem sua atuação profissional focada na Conservação da Natureza.

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Eduardo dos Santos Martins
Eduardo dos Santos Martins
8 meses atrás

A araucária é uma das mais belas espécimes florestais do mundo, no entanto, é totalmente inadequada para arborização urbana, pelo risco que representa a sua queda para a vida e do próprio patrimõnio. Quando desenvolve raízes fasciculadas de superfície, rompe encanamentos, pavimentação e até fundações, Por isso, em ambiente urbano, sua presença deveria ser restrita a praças e bosques. A onça pintada está muito mais ameaçada de extinção e não é porisso que somos obrigados a cuidar delas em nosso quintal. É insana a gestão ambiental em Curitiba, obrigando pessoas a conviver com uma árvore de 30 metros sacudida balançando a 5 ou 10 metros da janelo do seu quarto numa noite de temporal, Isso é uma verdadeira gestão patológica.

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