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Sistema Wetland Construído, uma alternativa para o tratamento de esgoto.

A questão de saneamento básico é um problema sério no Brasil, principalmente no que se refere à coleta e tratamento de esgoto sanitário. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008, 34, 8 milhões de pessoas, ou seja 18% da população não tinham acesso a rede coletora de esgoto e aqueles que tinham apenas 68,8 % do esgoto coletado era tratado.

No Brasil, o sistema Wetland Construído também é denominado como Zona de Raízes, Sistemas Alagados Construídos, Filtros Plantados com Macrófitas entre outros.

Segundo Sousa (2005), Wetlands Construídos são sistemas artificialmente projetados que utilizam plantas aquáticas (macrófitas) em substratos (como areia, solo ou cascalho), onde ocorre a proliferação de biofilmes que agregam populações variadas de microrganismos que, através de processos biológicos, químicos e físicos, tratam águas residuárias.

Este sistema é utilizado no tratamento secundário e terciário, porém é essencial que o efluente passe antes por um tratamento primário, a fim de impedir o acumulo de sólidos, evitando assim, o processo de colmatação.

O sistema funciona da seguinte forma: O tratamento é feito de cima para baixo, ou seja,  em fluxo vertical descendente.  Primeiramente o efluente passa por um tratamento primário, geralmente por uma fossa séptica e então, é encaminhado através de uma tubulação à região onde estão as raízes das Macrófitas. Cabe ressaltar que segundo Van Kaick (2002), as plantas que constituem o Wetland Construído devem ser plantadas sobre um filtro físico estruturado por uma camada de aproximadamente 50 cm de brita nº 2 e uma camada de aproximadamente 40 cm de areia com granulometria média para grossa.

Uma macrófita comum de ser utilizada nesse sistema são aquelas popularmente conhecidas como copo-de-leite, além de serem altamente adaptáveis contribui esteticamente para a paisagem.

Os sistemas Wetlands Construídos podem ser considerados como uma alternativa tecnológica para o tratamento de esgoto em zonas rurais. Além de serem eficientes é um sistema de simples operação, baixo custo de implantação e a manutenção não exige mão-de-obra qualificada.

(15/5/2015)

Maíra Caires Aquino é Engenheira Ambiental especialista em Construções Sustentáveis. 

Maíra Caires Aquino
Maíra é Engenheira Ambiental e Diretora Técnica na Sinergia Engenharia. Ela possui graduação em Engenharia Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em 2010, especialização em Construções Sustentáveis pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2012 e cursou Engenharia de Segurança do Trabalho na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2014.
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