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Evento Anual do GHG Protocol apresenta resultados do Ciclo 2023

No dia 24 de outubro de 2023, na cidade de São Paulo, realizou-se o Evento Anual do GHG Protocol, marcando o encerramento do Ciclo 2023 e celebrando o 15º aniversário do Programa. No evento, foram debatidos os principais desafios enfrentados pelas organizações no relato de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na implementação de ações para alcançar a neutralidade climática. Além disso, foi celebrada a publicação dos inventários de GEE dos participantes do Ciclo 2023 no Registro Público de Emissões (RPE), referente às emissões de 2022, com a apresentação dos resultados mais relevantes, entre eles estão:

  • Evolução das emissões de Escopo 1: comparando-se as emissões das organizações que relataram suas emissões de GEE tanto no Ciclo 2022 como no Ciclo 2023 (um total de 289 organizações), as emissões de GEE passaram de 187 MtCO2e para 161 MtCO2e. Essa diminuição significativa pode ser atribuída à redução das emissões provenientes de processos industriais e combustão estacionária;
  • Evolução das emissões de Escopo 2: houve 58% de decréscimo nas emissões, com diminuição no fator de emissão em cerca de 70%, passando de 0,126 kgCO2/kWh em 2021 para 0,043 kgCO2/kWh em 2022. Isso ocorreu por conta da menor participação das termelétricas no SIN (Sistema Interligado Nacional) e, consequentemente, maior participação de fontes renováveis de energia;
  • Relato de energia renovável: o número de organizações que relatam sua autoprodução aumentou em 22%, enquanto o relato por meio da abordagem de escolha de compra aumentou em 70% em comparação com 2021;
  • Evolução das emissões de Escopo 3: as emissões aumentaram, chegando a um total de 805 MtCO2e, o que representa quatro vezes o valor das emissões de Escopo 1. No Ciclo 2023, 80% das organizações relataram alguma categoria de Escopo 3, enquanto que no Ciclo 2022 foram 82%. As categorias mais relatadas foram viagens a negócios (68%) e resíduos gerados nas operações (56%);
  • Qualificação dos inventários: 59% das organizações receberam selo ouro (para inventários completos e verificados por terceira parte), 37% o selo prata (para inventários completos) e apenas 4% selo bronze (para inventários parciais). Dessa forma, 96% dos inventários de GEE relatados são completos (relato de Escopo 1 e Escopo 2);
  • Estoques de carbono: somente 7% das empresas participantes do RPE relataram seu estoque;  
  • Motivações para elaboração dos inventários de GEE: as principais motivações são a gestão das emissões (90%) e o alinhamento com a missão e os valores da empresa (75%), de acordo com questionário aplicado pelo FGVces e respondido por 273 organizações;
  • Desafios de contabilização: um dos maiores obstáculos mencionados na pesquisa é o cálculo das emissões de Escopo 3, que engloba as emissões indiretas das organizações, ou seja, emissões que não são controladas diretamente. A maior dificuldade informada está na coleta de dados (87%) e dificuldade em engajar os parceiros (58%);
  • Intenções e compromissos: 41% das organizações relataram que  comunicam publicamente, 31% pretende elaborá-los em curto prazo, 21% comunica apenas internamente e 7% não comunicam;
  • Estratégias adotadas para o atingimento de metas: 78% das empresas afirmaram ter o foco na redução de emissões de GEE de Escopo 1, 60% na redução de Escopo 2 e 35% tanto na redução de Escopo 3 como nos três Escopos simultaneamente;
  • Temas em alta: as principais respostas foram metas para a obtenção da neutralidade climática/Net Zero (69%), metas absolutas a partir da definição de um ano base (52%) e metas baseadas na ciência (45%).

Pode-se notar com os dados elencados acima que, embora o número de organizações tenha aumentado, passando de 305 em 2021 para 434 em 2022 (acréscimo de 42%), as emissões de Escopo 1 e de Escopo 2 foram menores no Ciclo 2023. No Escopo 1, a diminuição advém das ações implementadas pela indústria, já no Escopo 2, observa-se a contribuição da matriz elétrica brasileira mais limpa. Também, a grande maioria das organizações fizeram o relato completo de emissões, contemplando portanto os dois escopos obrigatórios. Entretanto, a contabilização de Escopo 3 permanece sendo um desafio, o qual pode ser vencido com a implementação de uma estrutura para coleta de dados e conscientização dos participantes da cadeia de valor das empresas. 

A Sinergia Engenharia participou presencialmente do evento e obteve pelo segundo ano consecutivo o Selo Prata no Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, em reconhecimento ao seu Inventário de Gases de Efeito Estufa referente a 2022.

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Fabiana possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e está cursando MBA em Gestão Ambiental (UFPR).

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