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O que é a Curva MACC?

A Curva MACC (Curva de Custo Marginal de Abatimento, tradução em português) é uma maneira simples de se avaliar o custo-benefício dos projetos para abatimento de emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e). Isso é possível porque a ferramenta, desenvolvida pelo Banco Mundial, analisa o custo por tonelada de CO2e não emitida de cada projeto e sua capacidade de mitigação. Para isso, é levado em consideração vários parâmetros: investimento empregado, custos operacionais, taxa de juros (geralmente em caso de empréstimos), vida útil do projeto, retorno sobre o investimento (ROI) e parâmetros ambientais, como emissão anual e emissão evitada. 

Para a construção da Curva MACC, além dos dados elencados acima, é necessário definir o período de análise e o ano base utilizado, o qual deve ser, preferencialmente, o ano do último inventário de gases de efeito estufa elaborado. Também, devem ser considerados dois cenários: cenário business as usual (BAU) e cenário com projetos, que são o cenário de emissões de linha de base com nenhum projeto de descarbonização implementado e cenário de emissões com a execução de projetos, respectivamente. Nesse último caso, são calculados a lucratividade através do Valor Presente Líquido (VPL) e potencial de redução de emissões para cada proposta de mitigação.

De posse de todas as informações necessárias, faz-se o cálculo do custo marginal de abatimento para cada estratégia mitigadora, fazendo-se a divisão do VPL pela quantidade de toneladas de CO2e a ser abatida. Assim, chega-se ao valor do custo marginal de abatimento para cada tonelada de dióxido de carbono equivalente (R$/tCO2e) por projeto. Na Figura 1, tem-se o exemplo de uma Curva MACC elaborada para analisar cinco diferentes projetos. No eixo vertical consta o custo marginal de abatimento de emissões e no eixo horizontal o potencial de mitigação.

Figura 1 – Curva MACC. Fonte: Autoria própria.

Interpretando-se a Curva MACC apresentada, nota-se que o projeto 1 é o que irá gerar maior benefício financeiro para a organização, pois possui o custo marginal de abatimento mais negativo. Já o projeto 2 é a principal alternativa que, se implementada, contribuirá com o maior abatimento de CO2e (coluna com base maior). Enquanto o projeto 5 é o que irá demandar da empresa um maior investimento de capital. 

A grande importância em se utilizar a Curva de Custo Marginal de Abatimento é direcionar as ações da organização inventariada, de tal forma que, prioritariamente, sejam adotadas as medidas que possuem a melhor combinação entre menor custo (R$/tCO2e) e maior redução de emissões de CO2e. Desse modo, as medidas de descarbonização mais indicadas são aquelas que se encontram na parte negativa do eixo vertical e possuem maior largura no eixo horizontal.

Aqui na Sinergia realizamos inventários de gases de efeito estufa e Curva MACC para empresas e cidades. Ficou interessado? Entre em contato com a nossa equipe!

 

Fabiana Segalla Krasnhak
Fabiana possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e está cursando MBA em Gestão Ambiental (UFPR).
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