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Estratégias de Descarbonização

As estratégias de descarbonização visam desacelerar as alterações do clima e, consequentemente, suas implicações sociais, econômicas e ambientais. As mudanças climáticas têm trazido diversas consequências devido à intensificação de eventos como secas e chuvas, tempestades, inundações, aumento do nível do mar e queimadas. Esses eventos impactam negativamente as condições de vida da sociedade, causando danos à produção agrícola e geração de energia elétrica, desencadeamento de doenças e aumento da mortalidade e perda de propriedades por desastres geo-hidrológicos. Além disso, também são causadas perturbações nos habitats naturais contribuindo com a perda de biodiversidade.  

O Acordo de Paris, estabelecido em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), é um tratado internacional que visa manter a temperatura global em até 2 ºC e, preferencialmente, no limite de 1,5 ºC. Assim, os países signatários devem estabelecer metas e medidas de mitigação para redução de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Entre as principais estratégias de descarbonização que podem ser adotadas estão:

    • Utilização de energias renováveis: os combustíveis fósseis contribuem significativamente com as emissões de GEE no planeta. Assim, a substituição dessas fontes por energias renováveis é uma alternativa para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). São exemplos de fontes renováveis: energia solar, eólica e geotérmica, hidrelétricas e biomassa. Além disso, uma estratégia que está em desenvolvimento e promete ser promissora é a utilização de hidrogênio verde.
    • Eletrificação de frotas ou uso de combustíveis com baixa emissão: como a maioria dos meios de transporte são à combustão, utilizando principalmente gasolina e diesel, a transição para frotas elétricas é uma alternativa, já que não geram emissões diretas (desde que a eletricidade seja gerada a partir de energias renováveis). Outra opção é utilizar combustíveis que emitem menos poluentes, como gás natural e biocombustíveis (etanol, biodiesel e biometano, por exemplo).
    • Compostagem: os resíduos orgânicos encaminhados para aterros sanitários geram gás metano (CH4) devido à decomposição anaeróbia (sem oxigênio) da matéria. Encaminhar estes resíduos para compostagem faz com que eles passem por condições aeróbicas (com oxigênio) sendo, portanto, a emissão de CH4 é evitada. Outra vantagem da compostagem é que ela é considerada uma medida de carbono negativo, já que o adubo orgânico produzido é utilizado para fertilizar plantações, as quais sequestram CO2 através da fotossíntese.
    • Reflorestamento e redução do desmatamento: as árvores estocam CO2 em seu processo de crescimento por meio da fotossíntese. Assim, é importante a plantação de árvores e preservação das florestas, já que armazenam grandes quantidades de dióxido de carbono. Por isso, combater o desmatamento impede que grandes quantidades de gases de efeito estufa voltem para a atmosfera. Neste sentido, existem os projetos REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que integram a Estratégia Nacional para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal, Manejo Sustentável de Florestas e Aumento de Estoques de Carbono Florestal (ENREDD+). Esses projetos se destinam à conservação florestal e reflorestamento em países tropicais em desenvolvimento. Através deles, países e organizações podem neutralizar suas emissões. 
    • Créditos de carbono: refere-se à quantidade de GEE que foi reduzida e/ou evitada através de projetos reconhecidos pela UNFCCC. O crédito é concedido por meio de uma certificação de redução de emissões que equivalem a 1 tonelada de CO2e (dióxido de carbono equivalente). Empresas, organizações e cidades podem adquirir o crédito de carbono de forma a compensar suas emissões de GEE remanescentes. A compra de créditos de carbono pode ser realizada, por exemplo, através de projetos REDD+ e projetos relacionados às energias renováveis.

Vale ressaltar que para a efetiva implementação de quaisquer estratégias de descarbonização, devem ser elaborados o inventário de gases de efeito estufa e a Curva MACC. A Sinergia possui alta capacitação para desenvolver esses trabalhos. Ficou interessado? Entre em contato com a nossa equipe!

Fabiana Segalla Krasnhak
Fabiana possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e está cursando MBA em Gestão Ambiental (UFPR).
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